Evangélica, atualmente casada com o policial militar Thiago Galvão e mãe de Catarina e Joana, Ana contou que seu primeiro casamento, realizado na Igreja Católica, foi posteriormente anulado. Segundo ela, o rito não foi cumprido de forma necessária para que o matrimônio fosse validado aos olhos da fé católica.
“Meu ex-marido hoje é casado na igreja católica com uma mulher católica e eles têm cinco filhos. São abertos à vida, são bem conservadores e ele é um homem muito bom. Não tenho nada contra ele”, relatou Ana. Com transparência, a deputada reconheceu as dificuldades que enfrentou no meio cristão por causa de sua condição de mulher divorciada: “Algumas igrejas, inclusive, deixaram de me apoiar na minha campanha por eu ser uma mulher divorciada.”
Uma visão firme sobre o divórcio
Apesar de sua experiência pessoal, Ana Campagnolo mantém uma posição firme contra o divórcio, considerando-o um “fracasso retumbante” na vida de qualquer cristão.
“Eu sou completamente avessa ao divórcio, que eu acho uma desgraça absoluta. Digo que a pessoa que se divorciou falhou miseravelmente. Se me perguntassem qual foi meu maior fracasso retumbante, eu diria: é o divórcio”, declarou, emocionada.
No entanto, Ana também destacou que existem circunstâncias extremas nas quais o divórcio pode ser a única solução, especialmente para a proteção da mulher. “Deus odeia o divórcio! Mas o mesmo texto que diz que Deus odeia o divórcio, diz também que Ele odeia a violência. É claro que existem mulheres que estavam casadas com monstros truculentos que as espancavam. Essas mulheres têm, sim, que se divorciar, deixar esse homem e procurar a polícia imediatamente”, enfatizou.
Sobre fé e jugo desigual
Em seu segundo casamento, Ana também encontrou espaço para conciliar diferenças religiosas. Thiago Galvão, seu atual esposo, é católico, o que gerou algumas críticas no meio cristão sobre a possibilidade de um “jugo desigual”. A deputada rebateu essas interpretações com uma perspectiva de união cristã acima das diferenças denominacionais.
“Eu amo a Igreja Católica e ele ama os evangélicos. Nosso casamento nunca teve problemas em relação a isso”, explicou. Ela ainda revelou que suas filhas, Catarina e Joana, foram batizadas na Igreja Católica, ressaltando que na fé presbiteriana — igreja de sua origem — também se pratica o batismo infantil.
“Não acho que é jugo desigual como muita gente diz. O jugo do católico é o mesmo do protestante. Eu acredito que os católicos servem ao mesmo Cristo que eu, e estamos sob o mesmo jugo de Cristo que disse: ‘meu jugo é suave e meu fardo é leve’”, afirmou, demonstrando maturidade e respeito pela diversidade dentro do cristianismo.
Valores familiares como pilar
Durante o podcast, Ana Campagnolo também falou sobre a importância dos valores familiares em sua trajetória pessoal e política. Mãe dedicada e esposa amorosa, ela destacou que sua família é seu maior apoio em meio às intensas batalhas do mundo político. O marido, Thiago, é um grande entusiasta da atuação de Ana e também é admirador de líderes evangélicos como Hernandes Dias Lopes e Silas Malafaia, o que reforça o laço espiritual entre o casal.
“Ele acompanha pregações, lê livros, ouve podcasts de pastores protestantes. Isso demonstra como estamos unidos pela fé em Cristo, mesmo que tenhamos algumas diferenças em questões secundárias”, compartilhou.
Fé e política caminhando juntas
A atuação de Ana Campagnolo é um exemplo claro de como fé e política podem caminhar juntas de forma coerente e sem conflitos internos. Sua visão de mundo, enraizada na fé cristã, guia suas posições públicas sobre temas sensíveis como família, educação e moralidade.
Na entrevista, a deputada ressaltou que sua luta por princípios cristãos não é apenas uma pauta eleitoral, mas uma missão de vida. “Eu acredito que nós, cristãos, temos a responsabilidade de atuar em todas as áreas da sociedade, inclusive na política. Não podemos nos omitir”, disse Ana, reforçando a importância do engajamento cristão na transformação social.
Uma vida pautada pela fé
O episódio do Podcrê com Ana Campagnolo é uma aula sobre resiliência, fé e compromisso. Ana não se esquiva de abordar temas difíceis, reconhece seus erros com humildade e aponta para a graça de Deus como força restauradora em sua vida.
Seja na política, no casamento ou na maternidade, Ana demonstra que é possível manter a integridade da fé enquanto se enfrenta os desafios da vida moderna. Sua trajetória inspira muitos cristãos a perseverar em seus princípios, mesmo quando isso custa apoio, votos ou a aprovação popular.
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