Marcha Para Jesus: Cantores falam da alegria em participar pela 1ª vez no Rio de Janeiro

Pagode consagrado no altar: Marcados leva o samba gospel ao grande palco

Um dos destaques desta edição da Marcha para Jesus é o grupo Marcados Pagode Gospel, que fará sua estreia na capital fluminense. Com quase meio milhão de inscritos no YouTube e sob o comando do carismático vocalista Gil Costa, o grupo tem conquistado o Brasil com versões em pagode de louvores inesquecíveis.

“A gente se sente muito valorizado ao participar de um evento tão grandioso como a Marcha para Jesus, principalmente num estado que a gente tanto admira e ama. O Brasil ama o pagode, ama o samba, e nossa forma de adorar hoje é através desses ritmos para a glória de Deus”, compartilha Gil Costa, emocionado com a oportunidade.

Para o cantor, participar da Marcha é mais do que uma apresentação: é uma missão. “A Marcha leva uma palavra de paz para as pessoas. A gente entende que eventos evangélicos têm um peso enorme na cultura e na sociedade. A Palavra não volta vazia”, completa.

O céu responde no Rio: Sued Silva leva o pentecostal à multidão

Com mais de 2 milhões de ouvintes mensais no Spotify, Sued Silva carrega uma voz poderosa e uma unção visível em canções como “Existe Vida Aí”, “Onde Está Sua Fé” e “O Céu Responde Diferente”. Pela primeira vez no palco da Marcha para Jesus do Rio, a cantora considera sua participação como um marco profético.

“A Marcha carrega um propósito espiritual poderoso. É uma honra imensa ministrar diante de milhares que se reúnem para exaltar Jesus. Estou me preparando para entregar tudo o que o Senhor colocou no meu coração”, declara Sued.

Ela enxerga o evento como um símbolo de unidade: “Em um mundo tão dividido, a Marcha é um grito de esperança. Vamos declarar juntos que o Brasil é do Senhor Jesus. Eu sou só um vaso disposto a ser usado”, enfatiza.

Do trap para o altar: Victin e o evangelho na cultura urbana

Com a frase que virou hino entre os jovens — “Jesus Invadiu a Cena” — o trapper Victin é mais um nome inédito no evento. Carioca, com mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais e milhões de plays nas plataformas digitais, ele traz uma nova estética e linguagem à Marcha para Jesus.

“Cantar na minha cidade, num evento tão respeitado, é surreal. A Apoteose é símbolo do carnaval, mas nesse dia será território de adoração”, declara o artista, que promete uma apresentação autêntica e recheada de novidades.

Victin reforça o caráter transformador da Marcha: “Não é só um ajuntamento. É um marco espiritual. Estamos ali como igreja, sem placas, declarando Jesus com uma linguagem que alcança a periferia, os quebrados, os esquecidos.”

Eletrônico santo: DJ Marcelo Araújo abre os caminhos com beats celestiais

Veterano da Marcha para Jesus, o DJ Marcelo Araújo é o responsável por abrir os trabalhos da 18ª edição. Representante da música eletrônica cristã, ele adianta que seu set list virá com composições inéditas e uma fusão única entre adoração e beats contemporâneos.

“Cada artista leva sua identidade. A beleza da Marcha está na pluralidade musical. O importante é que tudo converge para um só nome: Jesus. A música tem o poder de unir, e é isso que vamos viver juntos”, afirma Marcelo.

Line-up de peso: novos nomes e grandes ícones

Além de Marcados, Sued Silva e Victin, também sobem pela primeira vez ao palco da Marcha para Jesus do Rio as cantoras Sarah Farias e Kemilly Santos. Completam o elenco nomes consagrados como Aline Barros, Thalles Roberto, Midian Lima, Bruna Karla, Maria Marçal, Sarah Beatriz, Samuel Messias, Renascer Praise, Valesca Mayssa e Marcus Salles.

O evento, que se tornou Patrimônio Cultural Imaterial do Estado em 2023, tem apoio da Prefeitura e do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A Marcha para Jesus foi realizada pela primeira vez na cidade em 1998 e hoje é parte oficial do calendário carioca desde 2011.

Marcha para Jesus: mais que um evento, um movimento profético

Em tempos de polarização, violência e desesperança, a Marcha para Jesus surge como um clamor coletivo que une estilos, igrejas, regiões e gerações em torno de uma única bandeira: o Senhorio de Cristo sobre o Brasil. Do trap ao pentecostal, do eletrônico ao pagode gospel, a música é a ponte que conecta céus e terra — e o Rio está prestes a tremer de adoração.